Este filme/documentário de 2002 mostra o resultado da limpeza de um território antes palestino para a criação de um loteamento israelense.
Desta vez, no entanto, darei uma breve explicação histórica do que é a questão Israel-Palestina:
Utilizarei o termo "palestina" para denominar a região, este é o nome geográfico do local, independente de ser um Estado Palestino ou um Estado de Israel.
A palestina foi ocupada por diversos povos ao longo da história, semitas (judeus), babilônicos, assirios, romanos, árabes, franceses, ingleses. Os palestinos árabes permanecem neste território desde a expulsão dos romanos. Perderam seu território apenas por alguns anos durante as cruzadas e no século XIX tiveram de se submeter ao imperialismo inglês.
Semitas e árabes, durantes longos quase dois milênios completos viveram em cooperação nas terras palestinas, sendo a predominância étnica árabe, independente de sua religião (judaica, cristão ou islamica). A grande parte dos semitas havia se espalhado por toda Europa devido a diásporas relacionadas com as invasões babilônicas e romanas.
No século XIX um escritor chamado Theodor Herlz publicou um livro chamado "O Estado Judaico" (Der Juttenstat) onde prega o retorno dos judeus para a região da palestina. Fundamentando-se em argumentos bíblicos ele argumenta que como os semitas são o povo escolhido por Deus eles seriam superiores aos árabes, portanto, por direito divino, a região da palestina deveria se tornar um Estado Judeu e os árabes expulsos. O movimento criado por esta ideologia é chamado de SIONISTA.
Em meados do século XX, quando o mundo tomou conhecimento das atrocidades do holocausto, as comunidades internacionais, incentivadas pela argumentação sionista decidiram optar pela criação de um Estado Duplo.
Os Ingleses cederiam sua colonia na região da Palestina para a criação de um Estado Palestino/Israelense.
Desagrando aos árabes e aos semitas, o Estado Duplo foi criado.
Em 1967 o Estado Israelense estava sob o comando da ideologia sionista, que ocupou militarmente os territórios do Estado Palestino. A ocupação perdura até hoje. Desde então houve diversas guerras entre Israel e os Estados vizinhos em pressão para a libertação da palestina.
O tratamento dado por Israel ao território ocupado não pode ser chamado de guerra, a relação é entre colono e colonizado. Periodicamente casas palestinas são demolidas para a expansão do território Judeu, como vocês podem ver no vídeo acima. Hoje, o Estado de Israel anunciou que mais casas palestinas serão destruídas em Jerusalém para a construção de 1.000 casas de colonos.
Não é minha intenção, de maneira alguma, tratar judeus por maus e palestinos por bons. Não acredito em tal dualidade. Acontece, que HOJE os Israelenses Sionistas possuem o poder e o utilizam de forma indiscriminada. Isso deve ser combatido.
Intifadas e ataques suicidas já se mostraram insuficientes para despertar o interesse internacional na questão.
A mídia grande tende a minimizar a questão transformando-a em uma questão religiosa. Quem dera fosse tão simples. Existem palestinos cristãos e muçulanos. A questão é TERRITORIAL. Colonizado debatendo-se para expulsar o Colonizador.
A criação de um Estado Palestino é banéfica, pois, as tropas de Israel não poderão mais transitar por bairros palestinos, não haverá mais checkpoints e nem bulldozers destruindo casas. Os crimes de estupro e assassinato (que ocorrem em qualquer ocupação militar, inclusive na Brasil-Haiti) não serão mais abafadas pelo Estado. Os confrontos, se houverem, serão uma guerra e, enquanto guerra, poderão ser regulamentados pelas leis internacionais.
Toda nação deve ter direito à sua soberania.
A informação é o caminho para uma sociedade mais justa.
VIVA A PALESTINA LIVRE!
Por: E.R.Saracino
Contato: ersaracino@gmail.com
Nós sempre falamos em liberdade, autonomia, em respeito. Discursamos a favor desses direitos porque sabemos que são importantes para a vida de todo ser humano. Mas não sabemos o que é viver sem eles, de fato.
ResponderExcluirNo entanto, podemos imaginar a dor dessas pessoas e o que é viver sendo oprimido todos os dias, por isso, não podemos parar de divulgar essas informações e deixar de apoiar a liberdade Palestina.
Por mais clichê que isso seja, lutemos por mais amor no mundo. Não consigo argumentar sobre esse assunto com a razão ....