sábado, 30 de julho de 2011

Quando o feminismo vira sexismo?



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[Adendo interessante com base na discussão, mas não diretamente relacionado à temática do vídeo acima:]

terça-feira, 26 de julho de 2011

E ainda tem gente que acredita que o povo Líbio quer uma guerra???

Um dia nos disseram que o povo líbio queria a liberdade,


Um dia nos seu governo era opressor e que deveria ser derrubado

Nos deram argumentos, mas não nos deram imagens...



A Líbia está a quase 4 meses sob bombardeio da OTAN sob este pretexto...



E no entanto, o povo líbio não ergue a bandeira da OTAN, o povo ergue a bandeira verde

Onde o verde é a bandeira símbolo da revolução que legitimou o poder de Kadhafi



Não acredita em meus argumentos?

Eu lhes dou imagens!





Salam

terça-feira, 19 de julho de 2011

LOBO SOLITÁRIO...

Enquanto a Revista Veja insiste em classificá-los como terroristas (Bin Laden da Ecologia, segundo a própria revista) e que "a pretexto de defender os animais e a natureza, comete ATROCIDADES" (discutível esta classificação), o ALF (Animal Liberation Front) é uma classificação para ativistas que, através da ação-direta, buscam promover a libertação animal. Com o cuidado para que nem seres humanos nem seres não-humanos sejam feridos em suas ações, o ALF já libertou muitos animais de laboratórios de indústria farmacêuticas,indústria de peles, matadouros, etc.



Os métodos de ação promovidos pelo front são muitas vezes questionados tanto pela grande mídia, quanto pela sociedade no geral...
Fica aqui o relato de um ativista pra que possamos entender o outro lado da questão...
e que cada um tire as conclusões que lhe forem cabíveis....


Lobo Solitario…

Em 30 de abril de 2010, às 3h30 da madrugada queimei a fábrica de pele de ovelhas de Denver, no Colorado, até tudo se transformar em cinzas. Fiz seguindo rigorosamente as normas de atuação da Frente de Libertação Animal (FLA), certificando-me de não prejudicar qualquer ser vivo e ao mesmo tempo causando o maior número possível de perdas econômicas para um negócio relacionado com a exploração animal. Usei o pseudônimo de “Lobo Solitário” em meus comunicados à imprensa, mesmo sabendo que fazendo isso poderia facilitar às autoridades no momento de relacionar minhas ações. Fiz isso por uma razão específica em que aprofundarei neste artigo um pouco mais adiante, mas por agora, deixe-me dar uma olhada para trás e explicar como eu acabei entrando na Frente de Libertação Animal.
Minha participação no movimento pelos direitos dos animais ocorreu há cerca de 14 anos atrás. Eu somente só colocava panfletos sobre vivissecção, veganismo, fazendas-indústria e outras formas de maus tratos aos animais nos pára-brisas dos carros e nos quadros de anúncios. Me entusiasmava poder educar as pessoas. Havia trabalhado construindo matadouros, e acreditava que se todo mundo soubesse o que eu tinha conhecido nesses locais passariam a ser vegans. Após um ano panfletando muito, minha militância foi interrompida por uma pena de prisão relacionada a um incêndio (este delito não tem relação com a libertação animal, mas também procurei não prejudicar nenhum ser vivo). Durante os quatro anos da minha prisão estudei sobre os direitos dos animais, biocentrismo, filosofia, história do mundo, evolução, religião, mitologia, lei, movimentos de justiça social, política, sociologia… Eu lia tudo o que caísse em minhas mãos e não fosse ficção.
Em qualquer caso, depois da minha saída da prisão e ao final da minha liberdade condicional, eu me mudei para Denver, no Colorado, a cidade onde eu tinha passado a minha adolescência. Tinha um par de bons amigos que ainda moravam nos subúrbios do norte, e também uma tia e alguns primos que moravam lá. O ano era 2003. Já havia assumido que não era falta de educação o que fazia que continuasse a crueldade contra os animais, já que vários grupos de ativistas haviam feito e exibido tantos vídeos onde mostrava a crueldade dos laboratórios de vivissecção, matadouros… Tampouco era um problema relacionado com a distribuição dessas imagens. Com o crescimento meteórico da Internet, qualquer pessoa que queria saber quem estava por trás da produção de seu “alimento” poderia saber com o clique de um botão.
Eu falei com suficientes pessoas para perceber que nem todo vegan se preocupa com as coisas vivas. Há muita gente que não dá a mínima aos animais, apenas tem fetiches com certos cães e gatos, e outros não podem ouvir falar de não comer os cadáveres dos animais mortos. Durante esse tempo, conheci muitas pessoas indignadas comigo, por que eu estava trazendo estes fatos à luz. Aparentemente, se você apóia a morte e a escravidão três vezes ao dia não é problema, mas se eu falar sobre tudo isso, então eu sou um imbecil. Eu decidi então voltar a minha atenção para os próprios animais.

Eu não posso dar muitos detalhes sobre esses anos, já que salvar animais da tortura e da morte é considerado um ato de terrorismo pelo governo dos Estados Unidos. Mas eu vou dizer uma coisa: quando você assume o risco de salvar um animal de uma morte horrível e olha nos seus olhos e vê a sua gratidão e amor, isso muda você. Neste mesmo dia você se torna uma pessoa melhor e, novamente, será capaz de distinguir entre o que é certo e o que está errado com a mesma simplicidade com que você fazia quando era uma criança.
Comecei a me envolver com a comunidade vegan local. Fui convidado para uma reunião em que, imediatamente, me senti fora de lugar. A comunidade vegan de Denver tinha uma diversidade semelhante ao de um congresso da Ku Klux Klan. Tinha estado a trabalhar em tempo parcial com uma organização abolicionista dos direitos dos animais, cujos principais objetivos eram a promoção do veganismo e informações sobre os animais de fazenda, especialmente os chamados “criadouros ao ar livre” ou “criadouros sem jaulas”. A noite avançava e muitos desses hipócritas começaram a deixar escapar seus pontos de vista, na medida em que a quantidade de cerveja era consumida. A próxima coisa que aconteceu foi uma espécie de patética reunião de palavras rápidas, onde todos estavam em um círculo e rapidamente se apresentavam, diziam em que trabalhavam e o que faziam para os animais. Eu nunca tinha visto uma exposição de egoísmo intelectual semelhante.
Chegou a minha vez, e eu mencionei a minha posição contra o negócio de “criadouros ao ar livre”. Então eu comecei a notar os olhares estranhos e ouvir comentários que “criadouros ao ar livre” era “um passo na direção certa” e que “Roma não foi construída em um dia”, inclusive ouvi alguém dizer: “Eu sou vegana, mas fico feliz que aqueles que comem carne têm agora uma alternativa solidária e livre de crueldade”. Ao que eu respondi: “Não posso acreditar no que estou ouvindo, um grupo vegan promovendo o uso de animais!?”. Depois disso, começou uma grande discussão e eu saí daquele encontro com a firme determinação de sacar a luz à verdade sobre os “criadouros ao ar livre” e de educar todo o mundo novamente. Só que desta vez com mais entusiasmo e vigor do que nunca.
Comecei a distribuir panfletos por toda Denver sobre “criadouros ao ar livre”, também deixava em milhares de limpadores pára-brisas, até meus dedos ficarem machucados de tanto levantar e baixar os pára-brisas. Coloquei mesas de informações em uma série de eventos e conversei com centenas de pessoas. Fui a uma série de concertos de punk e hardcore para tentar recrutar mais jovens. Comecei a criar as bases para um grupo que chamei de VFL (Vegan For Life- Vegan Pela Vida.). Em suma, fiz tudo que estava ao meu alcance para dar força, motivar e promover a libertação dos animais, mesmo no trabalho. Naquela época eu era gerente de alimentos em uma loja local de alimentação saudável. Levo a palavra “Vegan” tatuada em meu pescoço, e falava com qualquer cliente que me perguntasse sobre isso, e garanto-lhe que era bastante gente.

Durante algum tempo eu tive um blog no qual escrevia artigos e tentava reanimar e revisar a filosofia vegan radical. Mas quanto mais eu fazia, mais minha frustração crescia. As pessoas com quem eu falava quando colocava as mesas informativas escutavam tudo o que eu dizia sobre vacas sendo violadas para obter leite, seus bebês mortos, sobre a forma como as mesmas vacas acabavam finalmente mortas para fazer hambúrguer e couro. Essas mesmas pessoas, depois me olhavam sem ter entendido nada e me diziam: “Cara, eu não posso deixar o queijo. O queijo é tão bom…” Às vezes retornava ao lugares onde eu tinha deixado meus panfletos  e via que a metade deles tinham sido atirados ao chão.
Todas as pessoas metidas no punk rock pensavam que comer carne era muito bom, contanto que a tirassem do lixo, e o povo do hardcore e os straight edges estavam mais interessados em praticar passos de dança e jogar videogame que colocar em prática suas crenças. Me enchi de tudo isso.
Os novos amigos que tanto gostava de falar sobre o quão bem nós fazíamos por ser vegans e quão errado era o resto do mundo e blablablá… Fiquei puto de tudo, me chateavam tanto os vegans pretensiosos como qualquer outra pessoa. Por alguns meses tudo que fiz foi trabalhar e mais umas coisinhas. Eu estava deprimido, me sentia marginalizado e impotente. Comecei a sonhar acordado no trabalho com o que eu podia fazer se não tivesse medo, se não tivesse nada a perder. Se isso ocorresse podia ser um membro do movimento clandestino, podia ser um ativista da Frente de Libertação Animal. Quanto mais eu pensava nisso, mais feliz eu ficava. E um dia, no trabalho, uma idéia martelava na minha mente: qual o melhor momento para fazer coisas que o presente. Deixei o meu emprego e minha vida normal.
A primeira coisa que eu fiz foi trabalhar sozinho. Conhecia e tinha estado com vários ativistas locais e não houve ninguém que considerasse adequado para isso. A próxima coisa é que faria algo grande. Com a repressão que o governo aplica atualmente a qualquer campanha efetiva pelos direitos dos animais, decidi arriscar. Se vão me capturar e chamar de terrorista por quebrar a janela de um McDonalds, pensei que, então, deveria pensar grande.
Eu escolhi a fábrica de pele de ovelhas de Denver, por duas razões. A primeira era porque eles faziam um monte de dinheiro vendendo couros. Os animais sofrem e morrem para que as pessoas tenham uma cobertura de assento agradável e bonita para suas motos. Na minha opinião, não são melhores do que os nazistas que faziam sabão e artesanato com os cadáveres dos judeus. O segundo motivo era porque o local parecia bastante inflamável. Nunca divulgarei como eu fiz tudo, porque não é importante, mas onde há um desejo, há uma maneira de realizá-lo.
Depois de tudo dito e feito, eu me senti muito bem! Tinha destruído um centro de exploração de animais e custou à indústria mais de meio milhão de dólares em prejuízo. Eu usei o nome de “O Lobo Solitário da FLA” nos comunicados à imprensa para transmitir aos meus irmãos e irmãs da FLA ao redor do mundo (sejam eles quem forem) o poder de atuar sozinho. Queria que todo o mundo soubesse que uma pessoa sozinha pode conseguir um monte de coisas.
Desgraçadamente, me pegaram por causa de um sacana. O que mais me dói é ter confiado nessa pessoa. Mas os “princípios” ainda estão por resolver. Tudo o que eles fizeram foi manipular-me para dizer que a minha campanha de três meses tinha me custado 150 dólares, enquanto que os exploradores de animais tinham saído por três quartos de um milhão de dólares.
Em 11 de fevereiro de 2011, serei sentenciado. Seja qual for a sentença, é apenas um terço dos meus problemas. Eu ainda tenho que enfrentar outras acusações, em Utah. Os advogados dos Estados Unidos querem que as pessoas pensem que a Frente de Libertação Animal, e eu em particular, somos terroristas. Eu não sou um terrorista, e a FLA não é uma organização terrorista. Na verdade, nem é uma organização. A FLA é cada vegetariano ou vegan que não põem em risco nenhuma vida e decide, ilegalmente, liberar animais e/ou causar danos econômicos para aqueles que se aproveitam do uso e abuso de animais. Desde a sua criação em 1976, nenhum ser humano e nenhum animal foi danificado, muito pelo contrário. Milhares de vidas foram salvas e milhares de abusadores de animais foram interrompidos. Um terrorista é uma pessoa ou grupo que elege como objetivo, e assassina seres inocentes para criar pânico e para estabelecer o controle através do medo.

Em 30 de abril, às 3h30 da madrugada, minha vida mudou. Eu estava cansado de ver empresas baseadas na morte continuarem suas atividades sem problemas e decidi fazer algo drástico sobre o assunto. Tenho orgulho de ter agido em nome daqueles que não podem se defender a si mesmo. Posso olhar profundamente em meu coração e saber que não lhes faltei e que fiz tudo que podia. E acreditem, quando você vive em uma jaula é tudo que você espera que alguém faça isso por você. Liberação Animal, custe o que custar!
Você pode escrever para Walter no seguinte endereço:
Walter Bond # P01051760 
PO Box 16700 
Golden, CO 80402-6700 
EUA



Site Animal Liberation Front:
 http://www.animalliberationfront.com/

Vídeo sobre a atuação dos ativistas:
http://vista-se.com.br/btm/

 Link para acesso da matéria na Revista Veja:
http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx

A ESCOLA ROBERTO MARINHO

Muito além do Estado

por Baader

No stricto sensu, coronelismo, uma prática comum no Brasil durante o século XIX, se define como um conjunto de práticas no âmbito econômico e social de pessoas de posses (ricos) que objetivam uma manipulação, de cunho eleitoral, em favor de interesses pessoais.

Quando se fala em coronelismo contemporâneo o preconceito arrasta nossas imaginações até às pequenas cidades do interior, principalmente da região do Nordeste brasileiro. No entanto, um pouco de atenção aos arredores das grandes cidades brasileiras nos mostra que é só mesmo o preconceito que pode sustentar a tese da exclusividade nordestina para o coronelismo.

Um ótimo exemplo disso, está em Campinas, cidade com mais de um milhão de habitantes, responsável por grande parte da arrecadação do Estado de São Paulo, o mesmo Estado que alguns fascistóides se gabam por chamarem de “locomotiva do Brasil”, onde, supostamente, a luz do desenvolvimento econômico extinguiu as práticas políticas que outrora escureciam a região. Nesta cidade, foi fundada uma Escola Estadual que carrega o nome daquele que já foi colocado “Beyond Citizen Kane” (ou “muito além do cidadão Kane”, um documentário que explicita os estigmas da imprensa brasileira, enfaticamente da Rede Globo) por alguns: o senhor ilustríssimo “jornalista” Roberto Marinho.
Isso mesmo. A mesma figura que demonstrou conivência com o regime militar que, durante longos anos, assolou o País e que, mais que isso, beneficiou-se deste, hoje é imortalizada por uma instituição publica de ensino.

Não preciso aqui me ocupar de apresentar a longa história de manipulação, descaso com o compromisso público, abusos e privilégios que fizeram parte da história de Roberto Marinho e que sempre foram respaldados pela Rede Globo. Antes disso, julgo mais importante apresentar os efeitos disso para a parcela da população que é atendida pela referida escola.

A começar, atentemo-nos ao símbolo da escola. Não por acaso, as crianças carregam no uniforme, ao lado esquerdo do peito, a insígnia da Rede Globo. Os efeitos disso para aquelas crianças e jovens não poderiam ser outros: todos sabem quem foi Roberto Marinho e, atingidos pela publicidade compulsória estampada em seus uniformes (de uso obrigatório), acham que a Rede Globo é um exemplo a ser seguido, que suas palavras e gestos devem ser religiosamente seguidos e respeitados.

Outra coisa a qual achei interessante é que, dentre todas as escolas públicas que já vi na vida, aquela é a única que possui elevadores. Não que o uso de elevadores deva ser algo condenado nas escolas, mas que a acessibilidade seja garantida a todas as crianças e não só àquelas que servem de outdoors ambulantes da Rede Globo.

A foto da escola consta no texto e qualquer sinal de conservação impecável não é mera coincidência. Ora, ninguém aqui é tolo. Trata-se de uma escola da periferia de Campinas e sabemos como os alunos, principalmente os de periferia, respondem à opressão do corpo burocrático escolar: com pichações, depredações, etc. E, apesar de não ser notícia (por coincidência?), não é necessário falar com mais de três moradores do CDHU vizinho à escola para conhecer a longa história de métodos pedagógicos minimamente duvidosos vindos da instituição. Minhas fontes a respeito não são muito confiáveis, portanto, aguardarei mais para botar a boca no trambone, ao contrário do que faria a Veja, o Estadão e até mesmo a escolarmente divulgada Rede Globo.


Registro aqui meu desabafo e torno publica a minha angustia por saber que a Rede Globo conta com o poder publico para expandir seus domínios sobre aquelas que deveriam ser as cabeças pensantes do futuro do País.

Uma análise cautelosa sobre o fenômeno coloca-nos em alerta. Não à toa. Os efeitos disso podem ser desastrosos.

O merchandising de produtos na televisão é potencializado em crianças. Imagine, leitor, quando esse merchandising vem daquela instituição de onde origina a verdade científica. Duvido que a localidade da escola tenha sido escolhida por acaso. Ora, as escolas em periferia são tidas por pais como o centro do saber, como a oportunidade para a ascensão social. Agora, imagine se a possibilidade de ascensão social estiver relacionada a uma marca. Quais os efeitos? Ora, Getulio Vargas já nos mostrou, pela Petrobrás e todas as outras nacionais, os efeitos dessa relação imediata: contentamento popular.
Imaginem um aluno de periferia que, de um lado, tem o crime organizado como subsidiador de suas necessidades e como exemplo de status e, de outro, uma gigante privada (o trocadilho fica por conta do leitor) que proporciona educação e, pela lógica da periferia, possibilidade de ascensão social. Onde está o Estado na vida dessa criança? Quais os efeitos, a longo prazo, para a comunidade onde se localiza a escola? Quantos anos serão necessários para analisarmos esse efeito? Já pensou se a moda pega?

As perguntas são inúmeras. Imagine onde os alunos que convivem ao lado da Escola Estadual “Jornalista” Roberto Marinho vão buscar as respostas...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Um pouco do que pode ser feito no "mundo" virtual...O que é trabalho pra você?

Esta publicação também se encontra no Blog NATUREZA ARTIFICIAL, mais especificamente neste link, e foi resultado de uma Nota de discussão no Facebook


http://naturezaartificial.blogspot.com/2011/07/como-aproveitar-o-ocio-virtual.html

Gabriel Narkevicius
O que é trabalho pra você? (sim, pra você mesmo que está lendo isso nesse exato momento!)


Ariely Stefan
Trabalho no sentido emprego?


Gabriel Narkevicius
Principalmente! O que significa ter um emprego pra alguem, com tudo que existe atrelado a ele


Ariely Stefan
Vejo como uma escravidão pré determinada e uma espécie de prisão que nos priva muitas vezes de nossa liberdade (o que é liberdade?) e que na maioria das vezes nos faz passar por cima de muitas crenças (não no sentido metafísico, no sentido real) pra que possamos assim apenas sobreviver (e não viver)


Gabriel Narkevicius
Concordo plenamente... nos vemos atrelados a uma prática que supostamente é a que mantém a possibilidade de qualidade de vida, mas nos esquecemos que os meios de conseguir qualidade d vida são postos para nós, e não construidos conjuntamente, o que resulta até mesmo na pergunta: "o que é essa tal qualidade de vida que nos falam?"


Ariely Stefan
Como falar em qualidade de vida coexistindo com a questão do emprego, que é uma questão unicamente voltada ao acúmulo de capital??? Não consigo pensar me fábricas, empresas, multinacionais que não passam por cima do ser humano e seus direitos básicos, do meio ambiente e toda forma de exploração da mesma, transformação do natural (e isso inclui até os seres humanos e animais) em artificial...E como única, ou talvez mais viável/fácil alternativa acabamos nos entregando à essa forma de vida que é tão banal!


Gabriel Narkevicius
Pois é, a qualidade de vida depende de um pedaço de papel verde, que deveria ser no máximo uma peça do tabuleiro jogado por nós, mas na verdade houve uma inversão... projetamos a responsabilidade política (com impostos), social (com doação) e de vida (com o consumo rápido e efemero) para algo não-humano...


Ariely Stefan
Eu nunca gosto de participar de uma discussão sem que se discuta a solução pra questão. Agora te pergunto: o que fazer diante dessa imposição? Aliás, vou socializar a discussão (roubar na cara dura mesmo)


Gabriel Narkevicius:
Aí vem o calo... não sei... principalmente pq eu acho que é algo que deve ser reconstruido a partir das próprias vivencias das pessoas, e elas variam (apesar de existirem padroes de comportamento e mentalidade). É algo que não acredito que ...Ver mais


Ariely Stefan:
Só tenho minhas dúvidas se essas discussões existem de forma transformadora e se elas geram algum tipo de mudança (descrença no mundo).


Gabriel Narkevicius:
Eu tenho TODAS minhas dúvidas em relação a isso... na realidade eu não espero que o mundo vá mudar um dia... Ainda mais pq ele caminha pro contrário, mas isso nao impede que deixemos de tentar... já que usam o Face pra tanta coisa banal, pq não tentar algo produtivo ahuuhahuahuhua


Ariely Stefan:
O foda é o que o "produtivo" é extremamente subjetivo.


Gabriel Narkevicius:
concordo... resta ver se o nosso "produtivo" possa ter uma boa projeção


Ariely Stefan:
Ou se o nosso produtivo é realmente produtivo ahsuauhsuahs Afinal, o que é ser produtivo?


Gabriel Narkevicius:
hauhuahuhuahauhuauhuhuahuhuahuhu boa! É, acho que foi um pessimo termo o "produtivo" mas eu penso como algo que gere reflexão em alguém, mesmo que não haja necessariamente a mudança. Isso aqui não é nada mais do que uma visão sobre algo, dentre várias outras, todas com argumentos bons e ruins, cabe a elas se confrontarem...


Ariely Stefan:
Eu entendo produtivo da mesma forma que vc, algo que gera reflexão, mas ainda fica a pergunta: pq a reflexão é algo bom ou melhor que a alienação?


Gabriel Narkevicius:
Pq a reflexão se dá inclusive sobre a própria alienação (entendendo alienação enquanto o condicionamento inconsciente de um indivíduo a determinada forma de pensar e compreensão de mundo)


Ariely Stefan:
Fale mais sobre isso...


Marcos Sebastiani:
é....fale mais sobre isto....


Gabriel Narkevicius:
Encaro alienação enquanto a propagação de uma Ideologia no coletivo, formulando valores, práticas e crenças, que acabam sendo realizadas cotidianamente, e desta forma reproduzidas e introjetadas, sem que se perceba. Não defino ideologia aqui enquanto um ideário político, mas algo muito mais amplo, como toda forma de pensar de uma sociedade em relação ao mundo e a si mesma. Quando se dá a reflexão, surge a possibilidade de trazer a alienação para o plano da consciência, e assim, talvez, desconstrui-la. Muito da forma com que pensamos hoje não é sequer posta a prova por nós mesmos, não com a intenção de elimina-la, mas sim de reconhece-la enquanto tal, enquanto algo além de uma parte de nós, mas sim enquanto uma atuação resultante de algo externo a nós, que conduz nossas ações sem que possamos perceber. A reflexão se dá como forma de retomar autonomia da consciencia em relação a si e ao meio. Reconhecer o que em nós não fomos nós que criamos e moldamos, mas sim outras pessoas (e estas, muito provavelmente, fizeram isso também de forma inconsciente)


Ariely Stefan:
É você o autor daquele livro "o que é alienação"? haushuahs


Ariely Stefan:
A alienação é de toda ruim?? Bom, ontem, conversando com um amigo, ele me disse que a base da vida dele e de provavelmente qualquer ser humano é a busca por felicidade. Já ouvi isso de muitas pessoas. Vejamos, uma pessoa alienada é uma pessoa feliz? Eu creio que sim, a alienação traz felicidade porque mascara a verdade e a verdade é algo que não traz felicidade. Logo, quem não é ou luta contra a alienação não é um ser feliz, ou vive em constantes crises. Se a base da vida para uns é a felicidade, e se ela é encontrada na alienação, porque a busca pela quebra da alienação?


Ariely Stefan:
viajei?


Gabriel Narkevicius:
hauuhauhahua não...
Eu não acho que a felicidade se dá a partir de mascarar a verdade... Até pq, o que é ser feliz? A felicidade que se fala hoje em dia é um conceito de felicidade específico, mas não único. Eu acho justamente o oposto, que a felicidade se dá a partir da aproximação com a verdade, e não do da alienação dela.


Ariely Stefan:
Você se acha uma pessoa feliz? E o que vc acha que é a base da vida de qualquer ser humano?


Gabriel Narkevicius:
Não me acho uma pessoa feliz, e talvez nunca seja. Tal qual eu imagino a felicidade, acho que nunca alguém será plenamente feliz. Eu acho que a base de vida de qualquer ser humano é a autonomia e a liberdade... vou citar Sartre... "[...]o Homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não lançou a si próprio no mundo, e livre pois, uma vez nele, é responsável por tudo aquilo que faz" Pra mim liberdade é isso, consciencia e responsabilidade de ação


Ariely Stefan:
Eu acho justamente o oposto, que a felicidade se dá a partir da aproximação com a verdade - vamos citar exemplos. Uma pessoa alienada por exemplo, come transgênicos a vontade. Ela não sabe o que é isso e nem se importa com a ausência da informação. Ela vai continuar consumindo e pouco se lixando. A pessoa não alienada sabe o que é e sabe que o mundo anda cada vez mais contaminado com isso. Ela provavelmente entrará em crise com isso e com tantos outros meios de se fugir da contaminação (não só na questão da alimentação, mas em tudo).


Gabriel Narkevicius:
Concordo, só não entendi uma coisa, vc acha o oposto ao que o seu amigo disse ou ao que eu disse? Pq eu disse o mesmo que vc O.o ahuhuahauuah


Ariely Stefan:
Hahahaha o começo da frase de cima foi uma introdução ao seu ponto de vista hahahaha


Ariely Stefan:
Eu acho justamente o oposto, que a felicidade se dá a partir da aproximação com a verdade¹ - vamos citar exemplos. Uma pessoa alienada por exemplo, come transgênicos a vontade. Ela não sabe o que é isso e nem se importa com a ausência da informação. Ela vai continuar consumindo e pouco se lixando. A pessoa não alienada sabe o que é e sabe que o mundo anda cada vez mais contaminado com isso. Ela provavelmente entrará em crise com isso e com tantos outros meios de se fugir da contaminação (não só na questão da alimentação, mas em tudo). ¹Gabriel Narkevicius


Ariely Stefan:
pronto, assim tah mais entendível!


Gabriel Narkevicius:
Ahhh sim... entao deixa eu ver se eu entendi, vc acha que a pessoa deva se manter alienada para ser feliz?


Gabriel Narkevicius:
Na verdade, o que é ser feliz pra você?


Ariely Stefan:
Acho que a pessoa que é mais alienada é mais feliz sim, isso não nego! Mas não significa que eu concordo com esse padrão de vida. Não acho que a felicidade pessoal é a base de tudo. Só ainda não descobri o que vem a ser essa base!!


Ariely Stefan:
Acho que as pessoas veem a felicidade como algo pessoal, eu tenho uma visão mais coletiva, mas não acho que a felicidade seja a base, pois os momentos de não felicidades existem e com certeza são através dele que nos libertamos de certas coisas que não nos são boas...


Gabriel Narkevicius:
Ahhhh entendo.. vc acha que o feliz-alienado só funciona a partir da consideração da felicidade enquanto uma vida animada e de satisfação de vontades? Pq eu acho que felicidade é muito mais que isso, e que essas questoes podem ser contempladas também quando há uma aproximação com a verdade, pq ela nao impossibilita a escolha. Alguém pode continuar comendo transgenicos mesmo sabendo de tudo por trás, pois optou conscientemente por isso... é a liberdade... Entra uma questão de coerencia também...Eu concordo plenamente com essa sua ultima mensagem... considero assim sobre liberdade também...ninguem é livre se as pessoas ao nosso redor também não forem...


Ariely Stefan:
É complicado discutir a felicidade dos outros, é muito subjetivo. Proponho que façamos uma pesquisa: "o que é felicidade pra você?" E só com esses dados poderemos fazer uma discussão mais construtiva e baseada em estatísticas...


Gabriel Narkevicius:
eu acho uma boa idéia, mas estatísticas muitas vezes fogem da realidade, e dão um padrão que não necessariamente correspondem a realidade


Ariely Stefan:
Porque vc acha isso sobre as estatísticas? Acha que não existe sinceridade nas respostas?


Gabriel Narkevicius:
Não só isso, como também há um numero de variáveis considerável... como por exemplo, as pessoas que costumam responder algo, o interesse das pessoas sobre o assunto... eu acho que pode ser feito, mas temos que estar atentos pra esses fatores. O que se pode fazer é a pesquisa atrelada à uma discussão (e isso ja começa a se distanciar dos meus conhecimentos facebookianos uahuahhuahu)


Ariely Stefan:
E se fizermos na pessoal ao invés de na virtual? Num sei, fico sempre com o pé atrás com essa realidade virtual...


Gabriel Narkevicius:
acho perfeito! podemos pegar lugares diferentes entao, torna mais preciso, pessoas com realidade diferentes... vcs aí, eu aqui, quem mais quiser onde mais quiser huahuahuahuuah


Ariely Stefan:
Hahahaha blz, demorô então!! 

sábado, 9 de julho de 2011

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 (e sua não aplicação...)

"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instruir um Estado DEMOCRÁTICO, destinado a assegurar o exercício do DIREITOS SOCIAIS e INDIVIDUAIS, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e ajustiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a SOLUÇÃO PACÍFICA das controvérsias, promulgamos sob a proteção de Deus (Estado Laico?), a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL."

DOS DIREITOS SOCIAIS:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.


SÃO DIREITOS SOCIAIS: A EDUCAÇÃO
Segundo estudo realizado pela UNICEF em 2009, Brasil AINDA tem 680 mil crianças fora da escola.


  





Escola de Caruaru, zona rural de Pernambuco, cujo teto desabou.
























A SAÚDE
Segundo o IBGE, a saúde no Brasil é dividida entre ricos e pobres.
Entre aqueles que têm condições de pagar um plano de saúde particular - que possui os equipamentos necessários para um bom atendimento - e os que necessitam utilizar o serviço público;
Notícia completa: http://noticias.r7.com/saude/noticias/ibge-diz-que-saude-no-brasil-divide-pobres-e-ricos-20101119.html








Fila do SUS no Rio de Janeiro, 2009.








MORADIA:
O déficit habitacional é grande no Brasil; existem muitas famílias que não possuem condições habitacionais adequadas. Por este motivo, só lhes resta duas alternativas: morarem nas ruas ou participarem de uma ocupação. A ocupação consiste em basicamente instalar-se em um imóvel que por algum motivo encontra-se abandonado (CADÊ A APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º PARÁGRAFO XXIII?? "A PROPRIEDADE ATENDERÁ SUA FUNÇÃO SOCIAL")




Reintegração de posse em uma favela em Ribeirão Preto, com uso de  bombas de efeito moral e balas de borracha pela PM contra a população.





Moradores despejados da Ocupação de um prédio no Bairro Bom Retiro, em São Paulo.





E aí, nos perguntamos...
Pra que serve (ou a pergunta correta seria PRA QUEM?) aqueles Artigos tão bonitos da Constituição se eles não têm aplicação real?

terça-feira, 5 de julho de 2011

1º FESTIVAL CLANDESTINO DE CURTA-METRAGEM EM LIMEIRA/SP

Coletivo Pó-de-Mico apresenta:

Festival de exibição e debate de curta metragens com presença de cineastas. A entrada é 1 livro (não obrigatório), com direito a pipoca.
Os livros doados serão destinados à futuros projetos de banca de livros.



Local: Estacionamento Central
Barão de Campinas, 207 - Centro ( próximo à Rodoviária em frente ao Hotel Nacional INN)

Para maiores informações, mande um e-mail para coletivopodemico@gmail.com



ENCONTRE-SE...


... Achou??


sexta-feira, 1 de julho de 2011

carta dos acadêmicos do Departamento de História da USACH

FRENTE A LA ACTUAL CRISIS DE LA EDUCACIÓN EN CHILE

http://www.historia.ciencias.usach.cl/index.php/noticias/show/FRENTE--A-LA-ACTUAL-CRISIS-DE-LA-EDUCACI%C3%93N-EN-CHILE.html

Como académicos del Departamento de Historia no podemos permanecer pasivos frente a la aguda crisis que está viviendo la educación en nuestro país. A través de esta declaración, queremos hacernos partícipes de un debate profundo que hoy se está llevando a cabo y que han conducido estudiantes secundarios y universitarios, en el marco de las recientes movilizaciones sociales.

Al respecto planteamos:
1.- Uno de los mayores problemas que plantea el escenario actual es el de la legitimidad del modelo educativo en curso. Para quienes defienden el modelo educativo vigente, la legitimidad descansa en la legalidad de éste. Siguiendo esta lógica, el problema remitiría a la adecuación de los actores al marco legal entregado. Esto explica la reiteración del actual gobierno en plantear que los problemas reales de la educación se mejoran "dentro la sala de clases". Cualquier otro tipo de reflexión es catalogada de "ideológica y politizada", pretendiendo con ello deslegitimar una reflexión de fondo. Lo que se oculta con esta "descalificación" es lo profundamente ideológica que son las actuales medidas que están detrás de las reformas anunciadas por el gobierno.
La ideología, naturalizada y hegemónica que está detrás es el "neoliberalismo". La sociedad chilena, primero en dictadura y luego en democracia ha sido disciplinada en los principios del neoliberalismo como si éste fuera una "ley natural" y no una construcción ideológica. Es precisamente esta legitimidad general (basada en el respeto a las reglas del juego) la que viene a ser puesta en entredicho por los actores del modelo educativo, que -discursiva y fácticamente- la califican de espuria. La crítica al lucro, al acceso y los procesos de elitización del ingreso, al endeudamiento y la escasa movilidad social, ponen en tela de juicio no sólo el actual sistema educacional, sino que problemas de fondo que revelan una crítica a un sistema de acumulación capitalista que genera una desigualdad estructural.
2.- Paralelo a ello, desde el gobierno se ha ido instalando el discurso del "privilegio" que detentarían las universidades tradicionales, particularmente las universidades estatales, frente a las universidades privadas, que estarían educando a los quintiles más pobres de la población, al igual que los IPs y CFTs. Ante esa afirmación expresamos que se ha ido construyendo una falacia que no resiste ningún análisis serio. Es cierto que ciertas universidades tradicionales han ido elitizándose producto de un sistema de ingreso que reproduce las desigualdades de un sistema educacional primario y secundario clasista, sin embargo, la mayoría de las universidades tradicionales, estatales y privadas, en Santiago y en Regiones, siguen aportando claramente a la movilidad social, atendiendo a los sectores más vulnerables de la población y que han cumplido satisfactoriamente con los requerimientos de ingreso. Universidades como la USACH, la UTEM, la UMCE, la U de Concepción, por mencionar sólo algunas, están muy lejos de ese discurso de que estas universidades están educando a las elites socioeconómicas de Chile
A través de esta construcción discursiva el gobierno intenta validar la existencia de las universidades privadas y junto con ello, el lucro generado de este negocio. Lo que el gobierno no dice, es que quien soporta el pago de los aranceles en los establecimientos privados y públicos son las familias y el propio estudiante, a través de políticas de un oneroso endeudamiento a futuro. Para nosotros, la educación constituye un derecho para las familias de todo el país y el Estado debe responder a las actuales exigencias de calidad y gratuidad, en circunstancias que existe una escandalosa distribución de la riqueza. De ello deriva que la gratuidad de la educación debe ir acompañada de una reforma tributaria profunda, sin la cual no se tocará el fondo de una problemática estructural surgida más allá de la escuela y la educación superior.
3.- Creemos por tanto, que el actual debate estudiantil ha repuesto el importante rol de la política en la sociedad democrática, ha visibilizado los anclajes ideológicos que soportan la construcción de la realidad social y ha remecido a la sociedad chilena con masivas marchas en los espacios públicos, revelando las numerosas injusticias y contradicciones que se generan al alero de este modelo neoliberal, implementado ilegítimamente durante la dictadura y administrado sin cuestionamientos por los gobiernos concertacionistas.
4.- En este sentido sostenemos que el lucro en la educación constituye un problema de carácter ético. El Ministro Joaquín Lavín ha señalado que el lucro es legítimo y está amparado por las leyes del Estado. Lo que nosotros ponemos en discusión es el fondo del problema y no sólo la norma que lo ampara, que por cierto creemos debe ser radicalmente reformada, como primer punto en el avance por las luchas democratizadoras, la ampliación de la ciudadanía y de nuestros derechos. ¡La educación es uno de ellos!
5. Finalmente, consideramos indispensable, no agotar el debate en torno a los incentivos económicos que el Gobierno ofrezca a nuestras universidades, pues de ser así, con seguridad se dejará de lado la demanda que ha estado en la base de las movilizaciones de los estudiantes secundarios y universitarios; a saber, el cambio estructural del modelo educacional chileno. Entendemos que estos recursos entregados por una sola vez o por un tiempo limitado no equivalen a un mayor compromiso del Estado con la Educación Pública, sino más bien una dilatoria para los cambios estructurales que el país demanda.


Fimantes:
Igor Goicovic, Académico Departamento de Historia-USACH.
Cristina Moyano, Académica Departamento de Historia-USACH.
Juan Guillermo Muñoz, Académico Departamento de Historia-USACH.
Luis Ortega M, Académico Departamento de Historia-USACH.
Lucía Valencia, Académica Departamento de Historia-USACH.
Julio Pinto, Académico Departamento de Historia USACH.
Marcelo Mella, Académico Departamento de Historia-USACH.
Augusto Samaniego, Académico Departamento de Historia-USACH
Maximiliano Salinas, Académico Departamento de Historia-USACH