domingo, 14 de novembro de 2010

liberdade é um broto num solo que pensamos infértil.



Fala-se muito de revolução social, vemos por aí dezenas de pseudo-revolucionários entre 16 e 25 anos de idade (alguns extrapolam os 30, mas a idade mental muitas vezes não acompanhou o envelhecimento corporal), gritando “MARX!”, ou bradando frases Ctrl+c/Ctrl+v do Manifesto, ou mesmo frases de anarquistas por aí (alguns andam gritando até Adam Smith, julgando-se libertários!)



Nossos próprios brados, onde estão?
 
não acredito que um novo mundo sairá como projetado. Estamos vivendo num mundo velho, e nossas projeções sairão com imperfeições de fábrica. Isto porquê NÓS estamos viciados. Nós temos o problema dentro de nós mesmo. Nossa cultura está contaminada. E nós não podemos nos aproveitar dela para fins de mudança enquanto não soubermos CRITICAR.

A postura crítica é – também – reflexiva. Não se pode criticar o mundo sem nos enxergarmos enquanto parte dele. Nós reproduzimos a desgraça e a glória.

Por isso, caros, trouxe essa pequena reflexão à vocês. Sim, vocês já sabem disso tudo, mas taí uma coisa que tem que ser RELEMBRADA a cada segundo. Não adianta nada queremos uma sociedade melhor se NÓS não estivermos dispostos a melhorar. E digo mais, não é ser melhor na teoria: isso todo mundo acha que é. É ser melhor na prática. É ter a atitude que se espera para um novo mundo, para um mundo que se pretende melhor. É viver o máximo de um mundo novo nesse mundo velho.

E para isso não precisamos dos brados dos outros. Desenvolvamos nossa moralidade autônoma. Pensemos por nós mesmos. E não por imperativos morais externos como aquele velho ditado “não faça aos outros o que não queres para si” – faça o que quiser e esteja disposto a aceitar o que vier como contra-medida. DISPOSIÇÃO!

Acima de tudo, AJAMOS. A primeira revolução que deveríamos desejar é a pessoal, aquela na mente, na nossa mente, colonizada, estuprada, sitiada, vigiada, bombardeada e humilhada. Alí, na nossa mente, é o primeiro lugar onde devemos astear nossa bandeira, a nossa bandeira pessoal. A minha bandeira é vermelha e preta. Estou me juntando aos guerrilheiros para ajudar a descolonizar outras mentes, como me ajudaram com a minha. Se precisar de ajuda com a sua, uma dica: primeiro abra sua mente para nova idéias.

" FODA-SE. "

2 comentários:

  1. Mesmo (e até!, por incrível que pareça...) para revolucionar, é preciso primeiro pensar. Muito bom.

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  2. "de barriga cheia comecei a pensar
    que eu desorganizando posso me organizar"

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