quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Hay que salir del comodísmo?!

Mais um sobre consumismo... só um adendo.






´´CONSU-MISMO COCHE
CONSU-MISMO SUELDO
CONSU-MISMO TECHO
CONSU-MISMO VESTUARIO
CONSU-MISMO PAR DE ZAPATOS
Y SOLO SI DIOS QUIERE...
CONSU-MISMO TRABAJO...

 ¡ ¡ ¡NO NOS PODEMOS QUEJAR VERDAD!!!

ARRIBA EL CONSU-MISMO
 ¡PORQUE NO HAY DE OTRA!
 ¡Buenos días y buena suerte!´´

[texto tirado da Revista Mujer Publica número 3 ]

Parece bastante pertinente essa relação entre o consumismo e o comodismo. Se para a minha geração (dos que estão entre os 20 e 30 anos) o capEtalismo (hahahhaha) já aparece como inexorável, fico imaginando para essa nova geração fast-food, crescendo com um senso de obsolecêscia planejada muito mais gritante e abusivo. Eles estão fast-fudidos (ou se fast-fudendo) e achando que tudo é uma grande festa. Só não sei se se percebe que nesse tipo de sociedade a pessoa se torna contraditóriamente  imprescindivel (realizando o consumo) e descartável. Uma cidadania e uma liberdade que não passam de escolha da marca do produto...


 Escolhemos a nossa marca preferida (preferida hoje, porque amanhã pode ser que a outra marca faça uma propaganda melhor ou mude a embalagem), pensando que assim expressamos nossa personalidade/individualidade.

Por que grudar um lambe pode ser crime, enquanto encher uma rua de out-doors, banners, folders (e mais um monte de outros termos em inglês), letreiros de todos os tipos (de poluição visual) são considerados normais?
Podemos ocupar os espaços públicos (seja manifestando opiniões sem usar os meios de comunicação em massa, seja mudando as maneiras como nos relacionamos com o meio). Isso também é uma forma de se contrapor ao consumismo.
Ao invés de shoppings, por que não ir a uma praça? Ao invés de ir ao cinema (que provavelmente é num shopping), por que não uma mostra de filmes gratuita, uma exibição de filmes ao ar livre, um sarau ...?
Ao invés de relações superficiais com as pessoas com quem convivemos, por que não sentar para conversar?

E ai estamos: indo ao mercado de carro (que é a três quadras da nossa casa), com todos os nossos aparelhos portáteis, ouvindo músicas de três minutos que falam sobre ´´amor´´ (porque a gente vai namorar, casar e ter filhos né?!).
 Nasce, cresce, reproduz, envelhece e morre.
Todas essas coisas envolvem dinheiro. Do contrato com o hospital, passando pelos presentes de datas comemorativas, até o caixão e o cemitério, tudo tem que ser pago. E as formas de aquisição de renda passam por divisões sociais do trabalho que são tão discrepantes quanto naturalizadas.

Podemos buscar atitudes não-pecuniárias? Dinheiro é um instrumento/ferramenta ou é um sujeito? Nem tudo tem que envolver dinheiro (e querem nos convencer que tem). 


  

3 comentários:

  1. Dinheiro virou sujeito inconsciente de si mesmo e nós nos tornamos ferramentas, também inconscientes, sejá de nós quanto dele. A questão principal é que HOJE é o dinheiro, mas o homem sempre teve algo que podemos dizer que "acumulou". Terras, tesouros, escravos e cia ilimitada. Eu vejo o consumismo, ou mesmo o comodismo, como resultado de uma mentalidade específica, de projetar um sentimento de segurança à algo externo ao ser. O problema não diz respeito unicamente ao desapego em relação ao dinheiro, mas também ao não-apego à outra forma de "segurança"

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  2. gostei muito da imagem, mas realmente é indiretamente uma propaganda. Acho que esse tipo de antipropaganda seria mais válido se não se utilizasse necessariamente do logo do produto, mas fosse igualmente chamativo.

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  3. O mundo tá de cabeça pra baixo. Foda é que ninguém tá caindo...

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