O morro do alemão virou a menina dos olhos da mídia e do Estado. Claro, depois da invasão BOPEana, precedida pelas UPP’s (unidades do poder paralelo?). Quando os jornalistas falam do morro do Alemão, só faltam chorar. A metacomunicação é tocante: “olhem só, gente, o que fizemos! Levamos a demo cracia e a liberdade para os pobres do morro do Alemão, gente que não vai nos dar NADA em troca, fizemos TUDO por pura benevolência...”
Em tempo: o papai Noel foi lá, distribuir quinquilharias (um menino ganhou uma sinuca de 10x10cm e a reportem perguntou se ele tinha gostado: “hu-hum” mas a postura dele indicava um “queria um Playstation”). Sentado no baú do caminhão do exército, sendo ajudado por soldados mau-encarados que lhe repassavam brinquedos aleatoriamente, com a barba “por colar”, a metalinguagem indicava claramente a sub-mensagem. Papai Noel não existe. O que existe é o exército. E a mídia.
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