terça-feira, 26 de abril de 2011

Notas de e sobre o livro "O que é Alienação" de Wanderley Codo - por TAZ

Dias atrás consegui uma cópia do livro "O que é alienação", de Wanderley Codo. É a quarta edição publicada pela Editora Brasiliense, de 1987. Como é um daqueles livros da coleção Primeiros Passos, trata-se de uma leitura rápida e dinâmica, não aprofundada, de fácil compreensão, apesar do tema altamente complexo. A intenção do livro é de, basicamente, fazer-nos pensar no mau uso que fazemos da palavra alienação, na mesma linha de outras, como democracia... Separei algumas notas que achei interessante e que gostaria de compartilhar com vocês, mesmo não tratando de ALIENAÇÃO diretamente.

Lembro que isso não é uma resenha, não é um estudo, não é uma tese, e se pudesse chamar de alguma coisa, chamaria de uma boa conversa, ok?

"Por paradoxal que pareça, é a inteligência acumulada de cada trabalhador que promove a burrice do trabalhador [não pasmem! A idéia é bem contextualizada no livro, mas não é ela que importa]. Uma fragmentação do conhecimento, que permite uma acumulação fantástica desse conhecimento em pouquíssimas mãos e o fragmenta tanto, o divide tanto, que ninguém é dono dele. Cada peça da máquina que produz a Coca-Cola é resultado da acumulação de toda a história da humanidade, mas de forma fragmentada e alienada, ou seja, o conhecimento não pertence ao produtor dele mesmo. Alguém plantou a cana , outros a colheram, outros retiraram dela o sumo que produziu o açúcar, que foi transformado e que entra, junto com outros produtos que nós desconhecemos, na fórmula produzida pelos dois químicos para compor o xarope, que comporá a Coca-Cola. Também o mineiro retirou o minério, que foi transformado em ferro, que foi torneado, que produziu as máquinas. Nenhum operário que trabalhava nas minas de carvão ou de ferro tinha sequer a idéia de que estaria produzindo Coca-Cola, isto porque a posse é individual, os meios de produção estão nas mãos de apenas uma pessoa, enquanto todo o trabalho é coletivizado. Estamos, portanto, perante a contradição central do capitalismo e estamos perante o processo de produção do lucro, de mais-valia, já declinado anteriormente. É a alienação do homem em relação ao conhecimento que ele mesmo produz." - pp. 38-39
Desse fragmento acima, destaco (em negrito) duas frases que podem nos ajudar a pensar no impacto de nossas palavras & ações no mundo, em diversos tempos. Quero dizer, muitas vezes nossas ações causam reações que nos afetam ainda mais drasticamente. Penso num exemplo simples de um amigo que pixou um muro perto da sua casa e por causa disso o dono da casa colocou várias câmeras de vigilância - e uma inclusive captava também a porta da casa do pixador, o via saindo na madrugada... Mas também outras ações do tipo: ah, é só UMA coca, é só UM pedaço de carne, é só UM sapato de marca, etc... mas é mais uma força na roda da produção e do consumo. Precisamos ter consciência que nossas palavras e ações SIM, carregam poder, e que é necessário estar atento sobre como esse poder se dá e se aplica no conjunto da sociedade e de nossos interesses. Resumindo, ser RESPONSÁVEL pelas próprias palavras e ações, cuidando ao máximo para não ser INCOERENTE.

"[...] só é possível produzir lucro e o sistema continuar girando enquanto houver necessidades do produto. Ora, a necessidade do produto resolvida implica a eliminação do sistema.
Vejamos um exemplo - suponha uma determinada comunidade, composta de 1000 pessoas. Temos, portanto, uma necessidade de 1000 pares de sapato por ano. O capitalista contrata a mão-de-obra de 50 operários e começa a produzir 100 sapatos por mês. Enquanto houver pés descalços, o sistema roda normalmente. Quando as necessidades estiverem satisfeitas, o capitalista não tem mais o que fazer. Deverá fechar a fábrica ou fabricar sapatos praticamente sem lucro, porque eles não encontrariam saída no mercado e, portanto, cairia drasticamente o seu preço.
O que me parecem mais curioso e ao mesmo tempo revoltante, no sistema capitalista de produção, é isto: um sistema que não pode cumprir as finalidades a que veio não pode satisfazer às necessidades humanas ou, em outras palavras, vive da carência, se alimenta do não cumprimento dos seus próprios objetivos. Um capitalista joga fora o excesso de produção quando, por algum erro ou acidente da natureza, a produção ameaça atender às necessidades. [...] O capitalismo entra em crise de superprodução cíclica: enquanto faltar produtos o sistema está bem; quando eles existirem ocorrerá uma crise, embora as necessidades básicas estejam longe de serem satisfeitas". 42-43
Bom, apesar do negritado gritar aquilo que nos parece óbvio, é interessante ressaltar esse argumento que de tão óbvio passa batido. O capitalismo é desigualdade. Precisa de desigualdade, precisa do fosso entre ricos e pobres, e da enorme escadaria que se dá rumo ao fosso. Mas tem mais um detalhe que eu gostaria de ressaltar, com esse mesmo raciocínio, que é a semelhança dessa necessidade do capitalismo de NUNCA suprir as necessidades com a necessidade dos PARTIDOS POLÍTICOS de nunca resolverem os problemas para os quais foram prometidas soluções em campanha. Claro, um partido privilegia (pelo menos em tese) seu grupo eleitoral, justamente para cativá-lo ainda mais. No entanto, se resolve os problemas de seu grupo eleitoral, mas não de outros, os outros se unem e elegem outro partido depois. Ora, a lógica de um partido político está em obter poder, e nele, se manter. Me parece óbvio que NENHUM partido político está realmente interessado na resolução de todos os problemas - eles têem de deixar problemas para poderem se reeleitos. Todo o esforço de um partido político está na demonstração de que é CAPAZ de resolver problemas, mas não que necessariamente VÁ resolvê-los. Ou seja, a ação do partido é ETERNAMENTE prometer, cumprir decretaria sua desnecessariedade futura. O autor do texto infelizmente não faz essa associação tão latente e necessária, mas cá estamos nós refletindo sobre isso.

"[...] Ligando a televisão, ovcê verá uma propaganda do refrigerante, um jovem vestido com calça jeans, num trânsito engarrafado, se apossa sem permissão de ninguém de um piano, começa a cantar enquanto bebe um refrigerante, o ritmo da canção é moderno, a letra sugere liberdade, as pessoas aplaudem e o nosso herói deglute Coca-Cola, passa a impressão de uma opção radicalmente consciente; beber Coca-Cola aparece como produto e produtor de liberdade. É que a propaganda opera um milagre. Primeiro, esconde as relações que jazem no produto, portanto, esconde a escravidão do consumo e a representa como exercício de liberdade. Pela via da propaganda ocorre uma traição ao real significado e, ao mesmo tempo, uma denúncia da própria alienação que esconde.
[...] Você já deve ter visto, nos shopping centers, lojas especializadas em vender produtos com a marca Coca-Cola. Veja o que ocorre, a marca é vendida para você, a indústria paga a propaganda para que a marca se imprima, e você passa a pagar pela imposição que a marca lhe trouxe. Num primeiro momento, o consumo aliena você das relações de produção e consumo. Em um segundo momento, transforma essa alienação e escravidão em liberdade e fantasia. Terceiro, provoca em você a necessidade de comprar a fantasia que ela mesma criou". 48-49
Vejam bem, esse livro é de 1987 e desde lá já existiam lojas que vendiam produtos da marca de UM REFRIGERANTE!!! isso sim é pra se pasmar. Se qualquer maneira, é muito interessante a análise do autor, e esse apontamento de que PAGAMOS para utilizar a marca. Inclusive você, que reclama da moda das calças da Coca-Cola, mas bebe sua latinha sempre que disponível: o valor da propaganda está IMBUTIDO no valor da latinha, não tenha dúvidas. Você não veste Coca-Cola, mas patrocina quem veste. Parabéns.

"Ocorre que, desse ponto de vista, sexo é uma mercadoria muito particular. Lembremos do exemplo do consumo quando falávamos de Coca-Cola: ela cria uma necessidade e a satisfaz. A mercadoria satisfaz a necessidade que existe ou criou. Que tal se encontrarmos uma necessidade que não é satisfeita quando vendida? A pornografia, por exemplo. Uma privação básica da ordem biológica, apropriada pelo produtor do sexo, não é satisfeita, pelo contrário, e ampliada pela venda do produto. Isso parece uma loucura, mas é exatamente assim. Posso imaginar que o indivíduo, ao frequentar uma sala de cinema pornográfico, chamado eufemisticamente de 'sexo explícito' ou metaforicamente de 'erotismo', posso imaginar, dizia, que o consumidor está carente da mercadoria que procura, entra porque precisa de sexo. Ocorre que lá não tem sexo. O indivíduo tem à sua disposição fantasias, observa o ato sexual alheio, e isso provavelmente aumenta a sua necessidade de sexo, sai de lá mais carente do que entrou". - 60
O autor do livro fala muito de Coca-Cola e pornografia (poderia ser redundante...), e achei ótimo porque são os melhores exemplos possíveis que ele poderia ter usado para explicar alienação. Nesse trecho que separei, a frase "Ocorre que lá não tem sexo" se adapta à quase tudo que é fetichizado: ocorre que no C.A. apesar de representar os estudantes, muitas vezes ocorre que lá não estudantes, ocorre que no congresso de um partido, apesar de ter dezenas de representantes do povo, ocorre que lá não tem povo; ocorre que quando compramos Coca-Cola induzidos pela música sobre liberdade, ocorre que lá não tem liberdade, etc... As coisas NÃO ESTÃO LÁ nos produtos, e as pessoas que os consomem saem mais carentes do que quando entraram, com mais sede do que quando beberam, menos democráticas do que quando entraram na reunião do partido político...

"A busca do prazer me constrói duplamente, enquanto o meu prazer me torna mais parecido comigo mesmo e, depois, porque a busca me impele ao outro, promove o encontro, a cumplicidade. Quando as nossas fantasias são transformadas em mercadoria, elas nos destroem duplamente: inventam um outro homem dentro de mim (que não sou eu), porque recriam o meu desejo à minha revelia, um outro sexo infiltrado em meus instintos e, além disso, me condenam a viver em busca obcecada de um prazer que não existe, não tenho e não terei porque é, já de partida, ilusão". - 65
É isso aí (como no jargão coca-colístico dos anos 80): há um processo de produção de fantasias, de estandardização de fantasias, para que você nunca escape: há sempre o que consumir. Mesmo quando se sacia (momentaneamente) um desejo, há outra tentação ampliando sua necessidade de apaziguar mais sentidos. Fato é que os sentidos já estão apaziguados, o que se apazigua então - ou melhor, o que se pensa apaziguar - é um vazio emocional, uma sensação de isolamento, há a impressão de que o mundo ainda olha para as minhas necessidades, produz respostas aos meus desejos, mesmo que no fundo tais desejos sequer sejam meus, pois me foram de certa forma imbutidos.

"Alienação e inconsciente. Freud garante que trazemos em nós um outro que nos escapa, do qual somos porta-vozes involuntários. Mas o que será o inconsciente? O homem privado de sua existência pela voz do outro ou o ser social do homem, castrado pelo animal que a alienação reinventa?" - 68
Essa é uma dúvida que vou deixar aí, para, quem sabe, gerar uma discussão!

"Toda espécie animal sobrevive à medida que consegue adaptar-se ao meio, transformá-lo à sua imagem e semelhança e ser transformado por ele. Ocorre que o meio ambiente do homem é o próprio homem. Somos um ser social, portanto nossa sobrevivência depende da possibilidade de transformar o outro e de ser transformado por ele, só assim pode-se entender o grau de energia que uma criança, por exemplo, gasta para controlar o comportamento de sua mãe, mesmo às vezes com riscos da própria fisiologia, quando, por exemplo, interrompe a alimentação para ganhar mais carinho e atenção. Estamos, portanto, condenados a realizar a nossa individualidade pela via do outro, somos o que somos, na medida em que somos o outro. A luta do ser humano através da história poderia ser definida como a luta pela apropriação coletiva do próprio destino ou pela realização individual e coletiva do homem, o que implica necessariamente um jogo de apropriação e desapropriação desse e do outro". 86-87
Nesse fragmento eu fiquei pensando em mentalidades... num mundo capitalista, onde a competição, a atomização e o egoísmo são necessidades MANTENEDORAS tanto da vida em si quanto do status quo, o que passamos para o outro e o que demandamos dele são esses mesmos sentimentos, de egoísmo absoluto, da razão instrumental-utilitarista, passamos a tratar e achar natural sermos tratados como meios para se obeter coisas, poder... vide nossa "democracia". Mas imaginei também em outro mundo possível, seguindo os passos de uma doutrina anarquista que já no começo do século apontava para a necessidade de vencer os jogos de poder impostos pelo cotidiano (leituras de Fabbri, Malatesta e outros), e que agora na contemporaneidade ganha grande reflexo com pensadores como Deleuze, Foucault e outros. Qual o impacto de uma renovação de si em busca de um Eu mais solidário para com o Outro. Qual o impacto de nossas ações PENSADAS como impactantes? Qual o interesse que eu posso ter num mundo novo se meu Eu não se propõe a ser um Ser Humano novo? O que eu quero dizer é que, se somos seres sociais, se nos formamos pela intersecção entre o Eu e o Outro, qual é a qualidade das ações que eu proponho ao outro e que eu passo a demandar dele a partir disso? Eu busco um mundo de solidariedade, de justiça, de igualdade na diversidade, de liberdade - mesmo sabendo da dificuldade absurda de se equilibrar alguns desses elementos - então, o mínimo que eu posso fazer e aceitar o peso de um mundo que não é o que eu desejo, mas impor minha "leveza" de volta, pesando sobre o mundo aquilo que eu POSSO ser.

Bom, é isso, não gostaria de ter me alongado tanto, mas o texto é muito interessante, vale a pena ler. Não concordo com todas as idéias do autor, mas não poderia jamais negar o valor crítico de um texto como o dele. Espero que o texto e as idéias que imbuti nele (hehe) suscitem algum comentário, ou pelo menos, algum pensamento inovador... Abxxx a tod@s.

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Entendo perfeitamente a idéia apresentada no livro, e me deu vontade de lê-lo [apesar do meu leve preconceito em relação a coleção primeiros passos (geralmente recheada de jargões da esquerda ortodoxa)].

    E muitos de nós, sem querer, acabam incentivando a alienação, principalmente quando não nos interessamos em aprender algo alegando que "está fora de nossa área", o estabelecimento de áreas de conhecimento é o que fortalece o status quo, quem luta por um mestrado acaba se tornando um mantenedor do sistema, por buscar a especialização e não a abrangencia, quem conquista seu doutorado conquista também seu atestado de alienado, pois tudo sabe daquela específica questão, ignorando o todo que é o saber do mundo (nada contra mestres e doutores, e sim contra a comodidade e a falsa sensaçãó de "conhecimento" que estes títulos proporcionam - Um Livre Doscente das comunas de Paris é um ignorante em uma marcenaria e vice-versa, a diferença é que o primeiro se sente superior por possuir um título).

    Alguém me disse recentemente, minha mãe talvez, "quer fazer a diferença? Trabalhe fora da sua área, aí sim você vai poder ensinar e aprender com as pessoas".

    Parece que o que estou falando não está relacionado com o texto? Mas está, só pagamos pelo que não sabemos fazer. O sistema se alimenta do não saber fazer, do comprar, do trabalho ALIENADO do produto final. Quem sabe faz, quem não sabe compra, acontece que hoje ninguém mais faz, só compra.
    Mesmo em uma empresa, ninguém sabe fazer o produto final... Nem o dono, nem o administrador, nem o engenheiro, nem o quimico, nem o chefe de setor, nem o operário, nem o controle de qualidade, nem a faxineira, nem a secretária, nem o porteiro, nem o vigia, ninguém... Cada um entende de uma parte mínima que quando agregada a todas as partes mínimas forma o todo. É disso que o Capitalismo sobrevive, do sub-conhecimento.

    Enquanto não soubermos fazer, ou seja, enquanto tivermos preguiça de aprender, e comprarmos, seremos mantenedores do sistema.

    Ta, ninguém pode saber fazer tudo... Aprenda fazer algo e troque com outro alguém que sabe fazer outra coisa, ninguém precisa sair na vantagem com a troca... Apenas troque...

    Isso é só o esboço de vários pensamentos e coisas que tenho sentido ultimamente aliados ao texto do Taz que acabei de ler... Discordem à vontade!

    Salam (paz)

    *Encontrei umas frases mal escritas na resposta anterior, o texto é o mesmo só que sem erros.

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  3. É verdade muito do que é dito nesses excertos do livro apesar de eu não concordar completamente com alguns comentários. Pularei direto para meu ponto de vista das coisas que assim acho que economizo linhas, não gosto muito de rodeios...
    Acredito que o mundo de hoje é alienado por si só. Desde que nascemos somos condicionados de acordo a um modelo pré-estabelecido pela sociedade que se encaixa em um modelo do bom cidadão ou um exemplo de ser-humano. Bem, como pode ser visto no mundo de hoje não é bem assim. O tal “modelo” é apenas uma peça faltante naquilo que podemos entender por “máquina da sociedade”, quer dizer, geramos uma pessoa que falta na grande teia de consumo. É criado apenas mais um consumidor em potencial que no decorrer do caminho, pode e deve, tomar consciência de sua alienação, o problema, como o vejo eu, é que a enorme (prefiro este termo em vez de alarmante) maioria das pessoas está acomodada com a situação.
    Podemos até perceber que somos bombardeados a todo segundo com a propaganda consumista e até mesmo formadora de ideologias mas é um número pequeno o de pessoas que realmente fazem algo a respeito para mudar tal situação. Acho que todos deveriam poder escolher que “caminho” seguir sem ter a influência monstruosa que podemos ver na sociedade de hoje.
    O que o Evandro disse é bem verdade, devemos ensinar aos outros e aprender com eles mesmos! A mente deve estar aberta para que possamos ter um melhor entendimento do nosso lugar nesta sociedade e então podermos tomar alguma providência. No entanto eu ainda acho que a alienação das pessoas é algo dificílimo de se acabar. De um jeito ou de outro, o ser-humano ainda alienará ao próximo de alguma maneira, mesmo que inconscientemente. Somos seres sugestivos, isso que fez com que muitos seguissem alguma ideologia ou uma pessoa em prol de um bem maior (como podemos ver claramente na história da humanidade).
    Bem, cabe a nós mesmos tentar mudar isso. Mesmo que seja um processo lento e agonizante ainda deve ser iniciado em algum lugar. Na verdade acredito que já foi iniciado, mas como eu disse, será um processo longo e agonizante.
    PS: Gostaria de ressaltar o fato de eu me considerar capitalista, acho que isso mostra como funciona esse negócio da alienação né! Mesmo me considerando parte do sistema alienador, ainda consigo falar em prol de outra realidade! :D
    Jack.

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  4. Aliás, desculpem se ficou meio confuso... Acho que não consegui expressar direito minha opinião. Tô totalmente aberto a um diálogo amigável tomando um chazinho!
    Farei o possível para ser mais suscinto da próxima vez! Mal aê! :D
    Jack.

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  5. cacete, tinha escrito um outro comentário mas nao foi... resumindo:

    também acho que todos somos alienados, e que a alienação nunca vai acabar. Mas eu vejo dois tipos de alienação: uma que é natural, porque é impossível abraçar a complexidade de todas as relações humanas e; outra que é imposta pelo sistema capitalista de produção, porque é parte essencial do sistema nos manter alheios dos métodos de sobrevivência e para autosustentação por cooperação. É essa segunda à qual devemos estar atentos, sermos críticos e ativos, porque essa é a mesma alienação que faz com que você se veja capitalista mas critique os métodos das forças policiais - sem pesar o fato de que as forças policiais são essenciais para a manutenção do "seu" sistema capitalista. Ou seja, a questão da alienação que quis expressar nos comentários é justamente essa, que a alienação também seja um fabrico que nos venda os olhos e nos impeça de sobreviver sem ser parte desse sistema econômico [que eu considero nefasto].

    Jack, preciso do seu email cara, pq vc nao tá recebendo os emails internos de organização, né?! Tenho pedido pro pessoal de franca mas até agora nada... aliás, cadê o pessoal de franca?

    ABxxx a tod@s
    TAZ

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