terça-feira, 26 de abril de 2011

Quem tem boca vai a...

Mexicana que fez greve de fome para 'assistir' ao casamento de William e Kate é barrada pela Imigração britânica.
Seu nome é Estibaliz Chavez. Ela ficou 16 dias sem comer para assistir ao Casamento Real. Um Empresário se sensibilizou e pagou sua passagem; no entanto ela teve que voltar à Madrid porquê foi barrada pela imigração britânica, que alegava que ela não podia comprovar que tinha dinheiro para estadia em Londres.

Outras pessoas também apelaram para a Greve de Fome, mas certamente não foi por motivos tão "nobres". Vejamos alguns deles:

Guillermo Fariñas
 

 dissidente político do governo Comunista Castrista, apelou para Greve de Fome pela liberação de outros presos políticos. Alcançou 135 dias de Greve de Fome, e só parou porque a Igreja Católica interviu e conseguiu acelerar o processo de liberação de 52 presos políticos

Orlando Zapata

Considerado inimigo do governo Comunista Castrista, foi preso e então iniciou sua Greve de Fome, e veio a óbito por sua causa após 85 dias sem comer.


Opositor do governo Chavista, o produtor rural iniciou sua greve de fome de 8 meses (!) e foi mantido contra sua vontade num hospital militar. A filha dele, "Angela, disse em junho ao jornal "Folha de S. Paulo" que o pai recebera US$ 186 mil do governo em tratores e produtos agrícolas, mas devolvera tudo porque exigia que Caracas reconhecesse que o pagamento era uma indenização pelos danos e não 'benefícios' [...]. O caso de Brito se arrastava desde 2005 - nesse período ele fez oito greves de fome e cortou um dedo em frente às câmeras da TV em protesto".

Um iraniano e uma iraniana que ainda não consegui identificar literalmente costuraram suas bocas para anunciar Greve de Fome pedindo asilo ao governo grego e à ONU.











Thic Quang Duc

Década de 60, Vietnã do Sul. A maioria budista se sente oprimida pela minoria católica de burgueses afrancesados que dominam o país. A guerra do Vietnã imola toda uma nação. Durante uma passeata silenciosa de budistas no dia 11 de junho de 1963, um monge senta-se no chão sobre uma almofada azul, outros dois despejam combustível sobre ele e ele mesmo ateia-se fogo. Esse tipo de suicídio teve outros adeptos naquele mesmo país e fez a polícia local se equipar com extintores de incêncio. Foi a primeira guerra onde os EUA tiveram de se retirar. Não foi uma Greve de Fome, mas achei que seria interessante colocar aqui nessa lista.


De qualquer forma, a greve dela não ia durar muito... o casamento é daqui há alguns dias... eu acho.
detalhe para as princesas na parede...

5 comentários:

  1. Pois é, a gente pode ver que hoje em dia é mais importante saber com que roupa a princesa vai dançar no baile do que saber com que caneta o rei vai assinar tratados, legislações, permissões para a realiazação de pesquisas, etc. Infelizmente é um mundo imediatista, consumista e "fascinado" (desculpas pela expressão, não consegui achar melhor MESMO! Qualquer sugestão põe aí!)no qual vivemos. O pessoal se importa com a popularidade, com coisas "legais" como quantos seguidores eu tenho no twitter. Seria mais legal ainda se as pessoas se importassem de fato com muitas das causas que elas "curtem" por aí. Afinal de contas, as nossas "redes sociais" podem mesmo ter alguma importância no andamento dos rumos da humanidade, mas bem pouquinha. Né?!
    Jack.

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  2. Gostei da frase "seria mais legal ainda se as pessoas se importassem de fato com muitas das causas que elas 'curtem' por aí' - principalmente do "curtem", muito bom...

    quanto ao impacto de nossas redes sociais... bem... FICA A DICA, né KRISIS?!

    Valeu Jack! abraços a ti e a tod@s!

    ps.: jack, me manda seu email assim que possível!

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  3. Pois é, vivemos em uma sociedade esquizofrênica mesmo, em que o "estrelato", por mínimo que seja (os famosos 15 min. de fama) é a maior sonho de consumo das pessoas.

    Puta sonho medíocre...

    Compreendo as greves de fome (aquelas realizadas por motivos realmente nobres) como práticas da desobediência civil.
    Para quem quiser saber um pouco mais sobre desobediência civil o filósofo político John Rawls tem um trabalho interessante acerca desse assunto.

    Abraços a tod@s!

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  4. aproveito para indicar, também, a leitura de "A desobediencia civil" de Thoreau, visão anarquista frente à visão liberal de Rawls.

    Abxxx!

    TAZ

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  5. Na peça de teatro "Mcbeth Un Rey Alamala", os artistas fizeram uma critica as pessoas que acordaram cedo e se emocionaram com o casamento na família "real" britânica e não se preocupam com a fome dos Mapuches.

    Fica, então, a reflexão feita pelo Indymidia sobre a greve de fome mapuche e sobre e contra criminalização dos protestos (Contra a lei Anti-terrorista chilena):

    --- Carta abierta de PPM en Huelga de Hambre dirigida a Artistas, Trabajadores del Arte y Gestores Culturales de Chile y el mundo

    --- Movilización Permanente por la Libertad de los Presos Políticos Mapuche

    disponiveis na página
    http://santiago.indymedia.org/

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