quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O primeiro bebê indaiatubano de 2012

Em 2012, o primeiro bebê que nasceu em Indaiatuba é filho de mãe boliviana. No entanto, o que a notícia não menciona, é que isso significa o crescimento da população em regime de trabalho escravo no interior de São Paulo, como podemos conferir na notícia abaixo.



Denúncias de trabalho escravo em confecções crescem 30% em Campinas


Pelo menos 100 mil bolivianos vivem no interior do estado de São Paulo e trabalham ilegalmente em oficinas de costura, segundo levantamento do MTP.

O número de denúncias de prática de trabalho análogo ao escravo recebida pelo Comitê de Prevenção do Tráfico de Seres Humanos, aumentou 30% entre maio e agosto comparado com os primeiros meses do ano na região de Campinas. Um grupo têxtil espanhol, responsável pelas encomendas, está sendo investigado. Cerca de 50 trabalhadores da área de confecção foram encontrados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Federal vivendo em situação irregular.

"Se não forem tomadas medidas próximas, a situação vai piorar muito", afirma a procuradora Catarina Von Zuben.

Pelo menos 100 mil bolivianos vivem no interior do estado de São Paulo e trabalham ilegalmente em oficinas de costura, segundo levantamento do MTP. Entre as cidades da região que estão na lista que mais recebem estrangeiros ilegais estão Americana, Nova Odessa, Sumaré e Indaiatuba. De acordo com balanço do comitê, 10% são Peru e do Chile e outros 90% da Bolívia.

A maioria sem carteira assinada e sem direito trabalhista e morando em alojamentos precários. Segundo a presidente do comitê que atua em 24 cidades da região, Maria Ivone Aranha, os bolivianos recebem um salário mínimo. "Porém nesse salário eles tem que pagar alimentação e moradia", diz.

Notícia retirada de: www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1185112


4 comentários:

  1. Me preocupo com o futuro da criança. Quando da escravidão colonial, os filhos de escravos também eram escravos.
    Neste caso, a situação "análoga à escravidão" da mãe não faz dela uma escrava e, portanto, seu filho muito provavelmente não fará parte dos bens do senhor... ou seja, não é de responsabilidade dele. Eis que temos mais uma criança nos faróis!

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  2. eu nao tava mais conseguindo comentar aqui, agora acho q aprendi!! aaa, campinas ta mesmo falida, em todos os aspectos... da tristeza de ver, pensar, viver aqui.

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  3. O pior, é que eu me lembro de uma cena ocorrida há um ano, quando eu estava na rodoviária de Indaiatuba:

    Um boliviano, falando em espanhol, estava brigando em todos os guichês, pois, ele queria "voltar para a Bolívia" e não entendia as informações recebidas. Até que um cidadão se dispôs a fazer as vias de intérprete.

    No momento, a situação me pareceu bastante aleatória (ingenuidade a minha): O que faz um boliviano perdido em Indaiá??? Tudo é tão claro agora!!

    1 - Faça uma ótima proposta de emprego em outro país para um cara que só fala sua língua nativa

    2 - Leve-o para o seu país e coloque-o em um alojamento

    3 - Pague o suficiente para ele se sentir feliz entre os seus colegas de alojamento

    4- Não registre

    5- Se ele adoecer ou se aleijar, demita-o e expulse do alojamento

    6- Volte ao primeiro passo e repita a operação.

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  4. Não Bia, não é Campinas que tá falida! somos nós mesmo! afinal, somos nós que consumimos os produtos desta escravidão...

    [amanda]

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