Filme : OS IDIOTAS , Lars von Trier
Ah deve ter um turbilhão de desejos um alçapão de encantos que eu ainda não toquei. Seria eu uma idiota em não ter realmente ter encontrado a ‘idiota’ dentro de mim? É basicamente nisso que rodeia o filme.
De início parece difícil entender o que “ Os Idiotas “ , de Lars von Trier tem para mostrar.
Câmera tremula, orçamento baixíssimo, sem cortes, sem edição , nada de filtros fotográficos um filme de ficção ou documentário [?] Estilizados claramente pelas regras cinematográficas do Dogma 95.
O filme mostra que um grupo de intelectuais (publicitários, poetas, médicos, artistas plásticos, empresários) que decide procurar o seu idiota interior. Desta forma, o grupo se isola e age como idiotas que é basicamente se comportar como um débil mental simplesmente para ver a reação dos outros, no entanto percebe-se que só conseguem vantagem em todos os aspectos pois são ‘livres’ para causar qualquer tipo de intervenção dentro de um local pois são simplesmente loucos, simples idiotas com deficiência mental ou rebeldes sem causa que estão surtando.
Como é demonstrado na primeira cena na qual em um restaurante caro o grupo de idiotas depois de causar um pequeno tumulto saem sem pagar a pedido do garçom, levando uma mulher de meia-idade, sozinha, boazinha, triste e cativada pela sensibilidade de um rapaz loiro um “idiota” que pegou em sua mão querendo que ela fosse junto com ele. Dentro do taxi em que todos entram eles soltam uma gargalhada mostrando a farsa.
A mulher que foi levada junto com esta correnteza absurda é Karen ultima a entrar no grupo e desde do início percebe-se a ingenuidade de uma mulher sem passado que observa as encenações que são bastante convincentes e que aos poucos consegue participar. Ela demonstra a dificuldade de realmente cair na farsa, porque ser tão difícil ser um idiota e qual a graça ?
Mesmo este processo de regressão seja mantido ao longo da trama percebe-se que que todos ali são bem mais frágeis do que parecem e que não conseguem destruir seu passado. Até que o rito final é que todos deveriam voltar para seu passado ( empresa, família, estudos) e agir como um idiota se não conseguissem alcançar isso estariam fora da “paranoia” como eles mesmo definem o tal projeto. Ninguém assume que é impossível mutilar o passado desta forma e o resultado desse ato individual é traumático para todos.
A crítica de valores capitalistas rodeia inteiramente o filme desde da cena em que todos se enlambuzam de caviar ou até mesmo destroem um alpendre da casa, porque “ o alpendre é uma bobagem burguesa “. E que até mesmo o ‘surto idiota’ de Stoffer que sai gritando “ fascistas “ pelado na rua seria uma comédia de humor negro se não fosse confrontado tantas questões de tantas hipocrisias que vivemos diariamente.
Esta legendado?
ResponderExcluirIsso me lembra um livro do Paulo Coelho
ResponderExcluir"Veronika decide morrer", se não me engano
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLeandro se não me engano ja está com a legenda (:
ResponderExcluirNão conhecia esse livro do Paulo Coelho e tem até o filme que parece ser bom
[tio.taz] animal esse filme...
ResponderExcluirvai complementar uma "aula" que vou dividir com colegas aqui onde estou, que envolve identidade... obrigado a quem postou.
final é no mínimo tenso de tão real que pode ser ...