domingo, 22 de maio de 2011

Não queremos só o amor...

Tudo o que fazemos apenas com paixão nos dá muito mais prazer. Quando agimos com as intenções mais ternas vindas do fundo do coração, as ações ganham um ar quase que sagrado; desde nossas intenções em proteger e estar cada vez mais próximo das pessoas pelas quais nutrimos forte carinho, como mães, pais, amigos, namoradas(os) e cônjuges, até nossas intenções políticas, de querer transformar e mudar o mundo a nossa volta, e mesmo à força se pela legalidade ou pela dialética isso não for possível.

Mas como afirmou o filósofo prussiano Immanuel Kant a permanência do homem na menoridade deve-se ao fato de ele não ousar a pensar. Para tudo que fazemos nossos movimentos e nossos pensamentos devem passar, mesmo após um impulso sentimental, por uma análise racional, sem deixar que apenas o coração nos guie a possibilidades talvez infrutíferas. Pois assim age o assassino passional: quando se dá conta do seu crime seu encarceramento já é um fato consumado e, pior, sua vítima é sempre sua maior amada, o que o torna um prostrado em condição quase que eterna de remorso.

Antes, porém, e apesar de já ter deixado claro que não acredito apenas no racionalismo, esclareço esta condição novamente citando Kant: apesar da razão ser o fim último, a sensibilidade também faz parte de sua constituição. E, last but not least, como também escreveu o alemão Friedrich Nietzsche em seu brilhante Humano, Demasiado Humano: "somos, por destino, seres ilógicos". Por isso, na minha mais modestíssima opinião, querer deixar somente o sensível nos guiar a determinados fins, por mais que tentem encontrar argumentos que expliquem tais motivações, me parece um tanto injustificável...

Um comentário:

  1. Concordo com quase tudo que o/a camarada disse, principalmente sobre o eterno dilema entre razão e sentimento... mas não me ficou muito claro (se é que era pra ficar): a que veio o post? O que motivou?

    Abxxx

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