"O jornal, em vez de ser um sacerdócio, tornou-se um meio para os partidos; e de um meio passou a ser um comércio e, como todos os comércios, não tem fé nem lei. Todo jornal é uma loja onde se vendem ao público palavras com as cores que ele deseja. Se existisse um jornal dos corcundas, dia e noite provaria a beleza, bondade, a necessidade dos corcundas. Um jornal não é mais feito para esclarecer, mas para adular as opiniões. Assim, todos os jornais serão em um dado tempo covardes, hipócritas, infames, mentirosos, assassinos; matarão as ideias, os sistemas, os homens, e por isso mesmo florescerão. Terão a vantagem de todos os seres pensantes: o mal estará feito sem que ninguém seja o responsável. [?] Napoleão justificou esse fenômeno moral ou imoral, como desejarem, através de uma frase sublime, ditada sobre os seus estudos sobre a Convenção: 'Os crimes coletivos não comprometem ninguém.' O jornal pode se permitir a mais atroz conduta, ninguém sairá pessoalmente maculado." [Balzac]
[retirado do post: http://www.midiaindependente.org/es/red/2011/05/490707.shtml]
Perfeito. Não existem mais notícias, fatos, acontecimentos: o que existem são ideologias, visões, COMÉRCIO, polêmicas midiáticas, sensacionalismos. Mas eu pergunto: até que ponto é possível redigir um texto imparcial? Até que ponto é possível colocar num jornal um fato cru, se até as imagens são escolhidas conforme se encaixam na interpretação dos fatos de um jornalista?
ResponderExcluir[tio.taz] Para mim, não existe noticia imparcial e muito menos a possibilidade de se colocar um "fato cru" num jornal. O que existe, ou pode existir é a capacidade de discernimento de cada leitor, que saberá de onde veio aquela fala sobre o fato e relacionará com outros fatores.
ResponderExcluirIsso, é claro, carece de esforço próprio de cada cidadão interessado...